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Defesa de Braga Netto vai aguardar ‘o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado’. Após o indiciamento, os advogados do general disseram que “destacam e repudiam veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas “em primeira mão” a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas”.

PF havia relatado a Moraes que Cid tinha violado cláusulas da delação premiada. Como o acordo foi homologado pelo ministro, cabia a ele analisar se houve algum descumprimento nos termos firmados. Os investigadores, no entanto, não pediram a rescisão da delação. Moraes pediu ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, um parecer sobre a validade do acordo. Mas manteve os benefícios ao final do depoimento de hoje.

Depoimento durou 3 horas. Ele chegou ao Supremo por volta das 13h30 pela garagem do subsolo. Ele não estava de farda e foi acompanhado por seus advogados, Cezar Bittencourt e Vania Adorno Bitencourt. Foi a segunda vez em oito meses em que ele foi chamado a dar explicações. Após as três horas de oitiva, o tenente-coronel retornou à sua casa e manteve seus benefícios.

Advogado fala em ‘audiência positiva’. Cezar Bittencourt comentou, na saída do STF, que o depoimento havia sido “positivo” e “deu uma satisfação ao ministro” sobre os temas apontados.

O tenente-coronel foi intimado por Moraes a explicar contradições e omissões em depoimento à Polícia Federal na terça (19). Para investigadores, Cid deixou de informar à corporação detalhes sobre o plano de golpe de militares que incluiria o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

Cid já foi preso duas vezes. A primeira foi em maio de 2023, no âmbito das investigações sobre um esquema de fraude de cartão de vacinação que teria beneficiado Bolsonaro. Ele deixou a prisão em setembro do ano passado, após fechar acordo de delação premiada.