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PF viu omissões em depoimento, mas não chegou a pedir rescisão da delação. A Polícia Federal enviou um relatório ao STF, e Moraes pediu uma manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre a validade do acordo a partir desse relatório.

Operação da PF expôs fatos que não haviam sido informados pelo delator. Investigadores descobriram um plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, além de novos detalhes sobre o monitoramento e até a tentativa de matar o ministro do STF em sua residência em Brasília, que, segundo a PF, foi colocada em prática e abortada.

Cid disse à PF desconhecer plano de assassinatos. Trocas de mensagens expõem participação do ajudante de ordens no monitoramento dos passos do ministro do STF. Ele afirmou no depoimento, porém, que o objetivo era descobrir se Moraes estava mantendo encontros com adversários políticos de Bolsonaro, o que reforçaria as teorias de conspiração para derrotar o então presidente nas urnas.

PF encontrou documentos e rastreou iniciativas de militares que indicam plano de mortes e de golpe de Estado. Militares das forças especiais, um grupo de elite do Exército, chegaram a adquirir chips de celular em nomes de terceiros, viajaram para Brasília e foram até as proximidades na residência do ministro, tudo isso enquanto se comunicavam por meio de codinomes.

Tenente coronel foi preso duas vezes

Cid foi preso em 22 de março março após a revelação de áudio no qual sugeriu ter sido pressionado pela PF. No áudio revelado pela revista Veja, o militar criticou e atacou Moraes e a polícia, afirmando que chegou a ser induzido a corroborar declarações de testemunhas.