De acordo com uma nota emitida pelo Supremo Tribunal Federal nesta tarde, Mauro Cid esclareceu as contradições e omissões que tinham sido apontadas pela Polícia Federal em um relatório enviado na última terça-feira. Para a PF, Cid vinha tentando blindar Braga Netto nas investigações.
Até agora, Cid tinha apenas confirmado que Braga Netto participou de uma reunião em sua casa no dia 12 de novembro de 2022 junto com os outros oficiais que tiveram a prisão preventiva decretada na última terça-feira. Cid, porém, dizia não ter conhecimento de planos para a execução de um golpe de estado.
Depois de uma oitiva conduzida pelo próprio ministro Alexandre de Moraes e com a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet – o que é raro –, Cid conseguiu manter os benefícios de sua delação.
Gonet, se manifestou contrário à prisão do tenente-coronel, que prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes por três horas no Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer pontos que omitiu em sua delação premiada.
Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, diante os esclarecimentos feitos pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Gonet opinou contra a prisão.
A manifestação marcou um recuo na posição da própria Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia chegado a defender a prisão preventiva de Mauro Cid na última terça-feira (19), dois dias antes do depoimento.