Os adversários do presidente Lula e aqueles que tentaram matá-lo podem ficar tranquilos de uma coisa: não haverá interferência do poder público na Justiça. O juiz que vai investigar os responsáveis por tentar matar o presidente da República não será nomeado pelo presidente da República posteriormente como ministro da Justiça do seu governo.
Àqueles que tentaram atentar contra o estado democrático de direito, a única resposta é dentro daquilo que eles tentaram corromper, que é a democracia.
Randolfe Rodrigues
Relatório contém 884 páginas
No relatório da investigação de 884 páginas, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a PF apontou quais crimes os investigados teriam praticado a partir do conjunto de elementos reunidos ao longo da investigação.
As investigações apontaram que os indiciados se estruturaram por divisão de tarefas. Isso teria permitido a “individualização das condutas e a constatação da existência de grupos”, segundo a PF.
Entre os grupos está o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral e outro responsável por “incitar militares a aderirem golpe de Estado”. Há também o núcleo jurídico, o operacional de apoio às ações golpistas, núcleo de inteligência paralela e núcleo operacional para cumprimento de medidas coercitivas.