“Talvez, ela tenha sido colocada lá para servir de atrativo submarino para mergulhadores, ter caído de algum barco que a transportava, ou usada como uma âncora improvisada, já que estava dentro da área de um parque marinho estadual. Mas o mais intrigante é que não foi a primeira vez que aquela estátua foi vista no fundo do alto mar”.
Encontrada duas vezes
O fato a que o pesquisador se refere aconteceu cinco anos atrás, quando um grupo de pesquisadores do Labomar, inclusive ele próprio, encontraram a mesma estátua a 17 metros de profundidade, quando faziam um levantamento da fauna marinha do então recém implantado Parque Estadual da Pedra da Risca do Meio, mesma região onde ela foi encontrada pelos pescadores, no mês passado.
“A princípio, pensei que fosse o cadáver de uma pessoa, porque a estátua estava de bruços, deitada na areia do fundo. Levei um susto. Mas quando vi o que era, a coloquei em pé, fiz algumas fotos e fui embora, dando risada, porque não esperava encontrar um macaco debaixo d’água”, lembra o mergulhador Marcos Davis, o primeiro a ver o intrigante objeto no fundo do alto mar cearense.
“Na ocasião, a estátua tinha um pedaço de corda amarrada na cintura, o que sugere que ou ela estava presa a um barco, mas caiu, ou que tenha sido propositalmente jogada no mar, para servir de âncora ou sustentação de alguma boia de pescador”, analisa Marcos, que ficou igualmente surpreso ao saber que a mesma estátua que ele havia achado em 2019 havia sido novamente encontrada.