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A decisão foi tomada após o depoimento de Cid a Moraes ontem. A PF havia identificado contradições e omissões do militar em depoimentos, o que poderia ferir as cláusulas do acordo. Cid chegou ao STF por volta das 14h10m, e o depoimento foi até às 16h50m.

“O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes”, informou o gabinete de Moraes.

Advogado de Cid, Cézar Bittencourt afirmou que “tudo continua como antes”:

— Ele deu satisfações e complementações. Não havia omissões.

Em documento ao STF, a PF diz que Cid descumpriu as cláusulas do acordo firmado em setembro de 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a pedir a prisão de Cid na quarta-feira, segundo interlocutores. Ontem, porém, durante o depoimento, o órgão revisou a posição.

Confirmação de reunião

Cid confirmou a Moraes a reunião ocorrida na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto para tramar um golpe de Estado. Segundo a PF, o apartamento do general do Exército foi usado para o encontro em 12 de novembro de 2022. A reunião seria o ponto de partida do plano que previa matar Lula, Geraldo Alckmin e Moraes.

No depoimento de mais de duas horas, Cid foi questionado sobre o plano para matar autoridades, mas voltou a negar a participação. Em depoimento à PF na terça-feira, ele já havia afirmado desconhecer um plano golpista que incluía os assassinatos.

Sobre Braga Netto, Cid detalhou a reunião e confirmou as descobertas feitas pela PF, que implicam diretamente o general nos planos golpistas. Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente, em 2022.

Em momentos anteriores, investigações da PF apontaram Braga Netto como elo entre Bolsonaro e integrantes dos acampamentos que pediam intervenção militar e autor de mensagens com xingamentos a membros da cúpula das Forças Armadas que não aderiram ao plano golpista.