Além de algumas condições neurológicas, lesões medulares e problemas hormonais, as principais causas orgânicas são as doenças cardiovasculares e a DE pode ser um indicativo precoce de problemas cardíacos graves, como infarto ou derrame.
A aterosclerose, que provoca o estreitamento das artérias, pode reduzir o fluxo sanguíneo para os pênis. De forma semelhante, a hipertensão arterial não controlada pode danificar os vasos sanguíneos e dificultar a ereção. Outra causa importante é a diabetes mellitus, que afeta diretamente os sistemas que são fundamentais para a função erétil. O excesso de glicose no sangue (hiperglicemia) danifica os vasos, comprometendo o fluxo de sangue para os pênis e pode deteriorar os nervos periféricos, incluindo aqueles que controlam o pênis. O diabetes pode levar à fibrose dos corpos cavernosos, evoluindo o tecido elástico em tecido cicatricial.
Estudos promissores têm apontado que o tratamento com células-tronco poderá ser eficiente para homens com DE de fundo orgânico. As células-tronco são células indiferenciadas que têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células especializadas (nervosas, musculares, vasculares, etc.) e de liberar fatores de crescimento e moléculas que promovem os componentes teciduais.
No contexto da DE, as células-tronco podem ajudar na reparação dos tecidos envolvidos no mecanismo fisiológico da ereção que foram afetados pelo estado inflamatório, aumentando a tensão peniana e a capacidade de manter ereções. Como pode promover redução da fibrose e aumento da elasticidade dos corpos cavernosos, favorece o sistema erétil, melhorando também o fluxo sanguíneo.
A terapia com células-tronco pode proporcionar uma melhoria contínua e regenerativa, uma vantagem diante dos medicamentos orais que oferecem intervalo temporário. Além disso, como as células são geralmente do próprio paciente, o risco de infecção ou reações adversas é mínimo.
Os tratamentos com células-tronco para disfunção erétil ainda não estão disponíveis para a população, pois mais ensaios clínicos são necessários para garantir a segurança, a reprodutibilidade dos resultados e a validação de um protocolo definitivo. Apenas após essas etapas e a aprovação de órgãos reguladores, o tratamento poderá ser disponibilizado de forma ampla, melhorando a saúde sexual de pessoas com pênis e suas parcerias.