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Os comandantes militares fecharam com a proposta de Bolsonaro, o golpe prevaleceu e a eleição foi anulada. Documentos encontrados no HD do general Fernandes informam:

No dia 16 de dezembro de 2022, foi criado o Gabinete Institucional de Gestão da Crise. Funciona no segundo andar do Planalto. É chefiado pelo general Augusto Heleno e coordenado pelo general Braga Netto. Abaixo deles estão Mário Fernandes, mais dois generais e 13 coronéis. Paisanos, só o assessor Filipe Martins, o jurista do golpe, e dois advogados.

Entre as suas missões, o Gabinete de Gestão da Crise estabeleceu “um discurso único em todos os níveis nas atividades de comunicação social para evitar interpretações e ilações que desinformam a população”.

O Gabinete teve sua ação subsidiada por um roteiro preparado há tempo e sempre atualizado pelo coronel Hélio Ferreira Lima (preso na semana passada). Abriu-se um inquérito para investigar fraudes ocorridas na eleição anulada. (Algum dia haverá outra.) O ministro Alexandre de Moraes e outros “elementos geradores de instabilidade no STF” foram “neutralizados”. Criou-se uma “força legalista” que expede “mandados de prisão contra envolvidos em indícios de irregularidades no processo eleitoral”. As prisões foram “amplamente divulgadas”.

Com suas quarteladas, desde 1831, o Brasil já viu de tudo, mas esse seria o único golpe destinado a manter no poder uma patota de oficiais palacianos.


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