Se eu fosse a Academia, já dava essa indicação logo [para Fernanda Torres], porque vai render engajamento. Vai ter excursão para ir ao Oscar. Vitor Búrigo
Premiada em Cannes em 1986 como Melhor Atriz por seu trabalho em “Eu Sei Que Vou Te Amar” (Arnaldo Jabor), Fernanda é parte de uma das oito categorias para as quais o filme foi inscrito no Oscar. Também pode concorrer a Melhor Filme, Melhor Diretor (Walter Salles), Melhor Ator Coadjuvante (Selton Mello), Melhor Roteiro Adaptador e Melhor Edição.
Apostas que podem surpreender
A lista de 85 países que disputam o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar já foi anunciada, e inclui “Ainda Estou Aqui”, de Walter Moreira Salles Jr. O maior concorrente do Brasil na disputa é “Emília Perez” (Jacques Audiard), que representa a França, e “Vermigio” (Maura Delpero), pela Itália, diz Vitor Búrigo. “Mas ‘Emília Perez’ ainda vai cair, vocês vão ver”, avalia. “Começou muito bombado, mas tem cara de que vai ser apagado. Vamos engolir ele”.
Outro grande concorrente é “The Seed of the Sacred Fig” (Mohammad Rasoulof), da Alemanha, que foi “queridinho” para a Palma de Ouro, mas acabou não levando o prêmio. “Tinha tudo para ganhar”, avalia Búrigo. “Era a minha Palma de Ouro. Adoro ‘Anora’ [filme de Sean Baker que venceu o prêmio], mas era a hora de dar essa Palma era esse”.
Flavia Guerra diz que é difícil prever os favoritos para a categoria do Oscar, mas que estes (incluindo “Ainda Estou Aqui”) são os quatro filmes “queridinhos” na disputa. A jornalista ainda abre um parênteses para o filme africano “Dahomey” (Mati Diop), que venceu o Urso de Ouro de Melhor Filme e foi o grande vencedor do 74º Festival de Berlim. “Talvez entre, mas não sei se há outro favorito”, diz.