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Marcelo ficou três horas na delegacia. Usava um capuz. Ele foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para ser ser submetido a exame de corpo de delito e depois seguiria para a Corregedoria da PM, onde prestaria novo depoimento.

Não é por acaso que Marcelo teme pela integridade física. Reportagem exclusiva de Herculano Barreto, publicada hoje no UOL, revela que após o episódio de domingo, policiais militares estiveram no bairro onde o rapaz morava, à procura dele para “terminar o serviço”, contaram parentes.

Em conversa preliminar e informal Marcelo havia confirmado a alguns agentes que estava dominado pelos PMs quando foi arremessado da ponte. Os PMs faziam policiamento ostensivo no bairro e tentaram dispersar os frequentadores de um baile funk. O rapaz estava com um moto e acabou perseguido e jogado no córrego pelo soldado Felipe.

Em entrevista exclusiva à TV Globo, Antônio Donizete do Amaral, o pai de Marcelo classificou de inadmissível a atitude do policial militar. Ele disse que o filho é trabalhador e nunca se envolveu com nada errado. O rapaz está traumatizado.

Donizete acrescentou que o filho é “trabalhador”. Afirmou ainda que gostaria de ter uma explicação do policial militar, complementando também que “a PM esta aí para fazer a defesa da população, e não para fazer o que fez com meu filho”.

Felipe era lotado na Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Moto) do 24º Batalhão. Em março do ano passado, ele fazia patrulhamento com o soldado Deives Nascimento dos Santos, 33, na rua Padre Antônio Tomás e se envolveu em uma ocorrência com morte.