A UE também precisa lidar com a deterioração das relações comerciais com a China e a guerra violenta da Rússia na Ucrânia, tudo isso em um momento em que as duas principais potências da UE, a França e a Alemanha, estão distraídas com agitações políticas internas.
O governo polonês disse que o enviado da Hungria não era bem-vindo em uma cerimônia para marcar a posse de Varsóvia na presidência rotativa de seis meses da UE, uma afronta muito pública que se segue a meses de troca de farpas políticas entre os líderes dos dois países.
A Hungria enfureceu a Polônia no mês passado ao conceder asilo político a um ex-vice-ministro da Justiça polonês que está sendo investigado em seu país por suposto uso indevido de fundos públicos, o que ele nega. Varsóvia classificou a medida como um “ato hostil” contrário aos princípios da UE e chamou de volta seu embaixador em Budapeste.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, descreveu o desdém desta sexta-feira como “infantil”, segundo o site de notícias HVG.hu.
O desentendimento apenas se somou a sinais crescentes de desarmonia europeia.
A Eslováquia, que junto com a Hungria tem procurado manter alguns laços com a Rússia, ameaçou retaliação na quinta-feira contra a Ucrânia, após ela interromper os fluxos de trânsito do gás russo, e na sexta-feira, negociações para a formação de um novo governo na Áustria sofreram um duro golpe quando um partido importante abandonou as negociações.