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Aos prantos e visivelmente indignado, ele repetiu o que estava naquela lousa. “Aquele que ficar até o final, vai contar a história. Fizemos o que pudemos. Lembre-se de nós. Lembre-se de nós”, insistiu, batendo sobre a mesa.

Para o diplomata, o mundo deve mais que apenas lembranças. “Nada pode explicar que, por 15 meses, palestinos em Gaza tiveram de viver o inferno e abandonados a seu destino”, disse.

Ao longo dos meses, a OMS tem alertado, em vão, sobre os ataques contra hospitais e contra médicos. O governo de Israel alega que são os membros do Hamas que passaram a usar as facilidades médicas para se esconder.

O embaixador, porém, insistiu em denunciar a falta de reação internacional. Ele contou como outro médico Adnan Al Bursh, também morto, escreveu: “Morreremos de pé e não nos ajoelharemos. Tudo o que resta no vale são suas pedras, e nós somos suas pedras”, continuou.

“Temos o dever de salvar vidas. Este Conselho tem a obrigação de salvar vidas”, pediu o diplomata, diante de um Conselho de Segurança abalado em sua credibilidade diante da incapacidade de dar uma resposta à crise.

“Os médicos e a equipe médica palestinos levaram essa missão a sério, mesmo com o risco de suas vidas. Eles não abandonaram as vítimas. Não as abandonem. Acabem com a impunidade israelense. Acabem com o genocídio”, insistiu.