O imóvel de alto padrão chamou a atenção dos federais. Eles fotografaram tudo e escreveram no relatório: “Não só o apartamento demonstrava sinais de riqueza, mas também o mobiliário, itens pessoais de luxo e vestuários com relevante valor de mercado em grande closet na suíte principal”.
Em outro trecho do documento, os agentes deram mais detalhes do apartamento e das ostentações de Rogerinho, ex-segurança do cantor Gusttavo Lima: “Na sala, uma ampla adega climatizada, cheia de vinhos e diversas bebidas de alto valor”.
Para a PF, o valor do imóvel, de R$ 5 milhões, indica “evidências de incompatibilidade patrimonial com a capacidade financeira do policial, corroborando a suspeita de recebimento de vantagens ilícitas, como já apontaram os elementos juntados nos autos do inquérito da Operação Tacitus”.
À Corregedoria da Polícia Civil, Gritzbach contou que Rogerinho ficou com sete dos 15 relógios Rolex apreendidos pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) quando ele foi preso acusado de mandar matar dois narcotraficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, 33 o Sem Sangue, foram mortos em 27 de dezembro de 2021 no Tatuapé, zona Leste paulistana. Gritzbah teria investido R$ 200 milhões de Cara Preta e desviado o dinheiro e por isso encomendou os assassinatos.