A reação do governo de Israel (ressalte-se que não estou falando do povo israelense, mas de seus governantes) foi no sentido de um genocídio, matando 46,7 mil pessoas (dos quais, mais de 18 mil crianças) e ferindo outras 110,7 mil desde então, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas. É como se uma a cada 50 pessoas do território tivesse sido morta.
Devido às evidências de crimes de guerra, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e um alto funcionário do Hamas em novembro.
A morte de crianças inocentes, por bala, por fome ou por doença, é uma das consequências mais tristes da invasão israelense. Se você está pensando “dane-se, filho de terrorista merece morrer”, então saiba que você também é um risco à vida em sociedade.
Um governo que não se importa diante de quem vive e quem morre, desde que atinja seu objetivo, não faz políticas, mas puro suco de terrorismo.
E isso não é de agora. Por exemplo, em maio passado, o governo Netanyahu lançou um ataque contra o sul de Gaza sob a justificativa de atingir o Hamas, mas causou um incêndio em um campo de refugiados, matando dezenas, entre mulheres e crianças. Tratou, dessa forma, não apenas palestinos como lixo, mas também a Corte Internacional de Justiça, que havia mandado interromper os bombardeios à cidade de Rafah.
Corpos carbonizados, membros dilacerados, crianças queimadas urrando de dor esperando para morrer. Tudo isso, ironicamente, no local para onde Israel havia empurrado milhões de palestinos de toda Gaza, alegando que estariam salvos de ataques e bombardeios no Sul.