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O plano de Trump dividiu opiniões. Alguns integrantes do partido Republicano apoiam perdões para infratores não violentos, enquanto outros destacam a necessidade de analisar caso a caso. Políticos alinhados a Trump defendem perdões abrangentes, incluindo para os condenados por conspiração, como membros dos grupos extremistas Proud Boys e Oath Keepers.

Já os democratas alertaram que os indultos enfraquecem o Estado de direito e encorajam futuros atos de violência. Essa visão também é compartilhada por policiais que estiveram no Capitólio durante o ataque, muitos dos quais foram feridos em confrontos. Cerca de 140 agentes ficaram feridos naquele dia, no que foi descrito como “o maior ataque em massa contra policiais” na história americana.

Integrantes do judiciário argumentam que a medida influencia os procedimentos legais, com réus pedindo adiamentos na esperança de serem perdoados. A juíza Tanya Chutkan, responsável por vários casos do dia 6 de janeiro, indicou que os perdões encerrariam imediatamente o papel do judiciário nesses processos, incluindo condenações por conspiração sediciosa e agressões violentas.

O promotor Matthew Graves, responsável pelos casos do 6 de janeiro, disse ser contra a medida e indicou que não há base legítima para perdão em casos onde houve violência ou desrespeito ao devido processo.

Segundo os números mais recentes, 1.532 pessoas foram acusadas pela invasão do Capitólio, das quais 571 receberam acusações relacionadas com agressão, resistência ou bloqueio do trabalho das forças de ordem. Mais de 940 réus se declararam culpados de diversos crimes, enquanto outros 195 foram condenados em julgamento.

Antes de deixar o cargo, em janeiro de 2021, Trump indultou aliados políticos que eram alvo de acusações federais, entre eles os chefes de sua campanha presidencial de 2016, Paul Manafort e Steve Bannon.