Trump indicou Burch para o cargo no Vaticano em dezembro. Na época, Austen Ivereigh, um conselheiro papal que foi coautor de um livro com Francisco em 2020, disse que o Vaticano tinha “todo o direito” de se recusar a credenciar Burch como embaixador.
As duas autoridades do Vaticano, falando à Reuters em segundo plano sobre um assunto ainda em discussão, disseram que Francisco, que pode precisar nomear um novo embaixador do Vaticano nos EUA durante o mandato de quatro anos de Trump, quer evitar uma briga diplomática e não está planejando vetar a nomeação.
Burch, cuja audiência de confirmação no Senado ainda não foi marcada, não respondeu a um pedido de comentário em um primeiro momento.
Na época da indicação, Burch disse no X: “Estou comprometido em trabalhar com os líderes dentro do Vaticano e com a nova administração para promover a dignidade de todas as pessoas e o bem comum”.
Francisco, líder da Igreja global desde 2013, geralmente é cuidadoso ao se envolver em debates políticos. Mas ele tem criticado duramente algumas das prioridades do presidente, como os planos para deportar milhões de imigrantes sem documentos. Na véspera da posse de Trump, o papa disse que o programa de deportação é uma “desgraça”.
Burch faz parte da CatholicVote desde 2005. Em 2023, ele criticou duramente a decisão do papa de permitir que padres dessem bênçãos a casais do mesmo sexo e disse que um futuro papa precisaria “esclarecer” alguns dos ensinamentos de Francisco.