Na vida e na arte, Fernanda Torres sempre soube como dividir corações e interpretar papéis marcantes. Seja no futebol ou no cinema, suas escolhas revelam uma autenticidade que transcende fronteiras e tabus. Porém, vou falar do futebol que é a minha praia favorita e retomar a história da brasileira que fez história para concorrer ao Oscar de Melhor Atriz pelo papel de Eunice Paiva no filme “Ainda estou aqui”, motivo de muito orgulho para o Brasil.
Mas voltando ao futebol, a Fernanda Torres teve que lidar com a fama do “vira casaca”, comum nas brincadeiras entre amigos e familiares que mudam de time. Nascida torcedora do Fluminense, Torres, ao longo da vida, ela passou a torcer também pelo Flamengo. Mas, como ela mesma nunca escondeu, sua identificação com os dois clubes é uma marca que reflete a pluralidade de uma mulher que vive intensamente todas as suas paixões.
Em 2008, durante a final da Libertadores entre Fluminense e LDU, Fernanda reafirmou sua conexão com o tricolor carioca. Naquela ocasião, ela disse que sua família inteira, incluindo os filhos, era apaixonada pelo time das Laranjeiras, e não faria sentido torcer contra ele. O depoimento sincero evidencia o equilíbrio entre suas escolhas pessoais e as paixões que herdou. E ela pôde soltar o grito de campeã em 2023, imagino que nessa hora o coração dividido deixou o lado Tricolor manifestar à vontade.