Moradores voluntários criaram grupo para ajudar motoristas e passageiros em apuros na rodovia. Segundo o governo federal, devido ao alto número de acidentes, moradores da cidade de João Monlevade criaram um grupo de voluntários para ajudar nos resgates e atendimentos a ocorrências na BR-381, o Sevor (Serviço Voluntário de Resgate).
Principais problemas da “Rodovia da Morte”:
- Traçado sinuoso e perigoso: curvas fechadas e declives acentuados, especialmente na Serra da Mantiqueira, aumentam o risco de acidentes.
- Pistas simples: a maioria do percurso tem apenas uma faixa em cada direção, facilitando colisões frontais.
- Falta de manutenção: buracos, má sinalização e ausência de iluminação tornam a viagem ainda mais arriscada.
- Neblina frequente: condições climáticas adversas, como neblina, reduzem a visibilidade em trechos críticos.
- Tráfego intenso: a rodovia é um importante corredor logístico, com alto fluxo de caminhões e veículos pesados.
- Ausência de acostamentos: em muitos trechos, não há espaço para veículos pararem em emergências.
- Falta de áreas de escape: a inexistência de locais seguros para desvio em caso de falhas mecânicas ou acidentes agrava os riscos.
Polêmica na cerimônia
Para resolver a questão, o governo Lula decidiu entregar a rodovia à gestão privada. O projeto de concessão prevê investimentos de R$ 10 bilhões em 30 anos. A iniciativa inclui a duplicação de 106 km, 83 km de faixas adicionais, 51 correções de traçado, áreas de escape e 23 passarelas para pedestres.
A cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381, nesta quarta-feira (22), virou palco de críticas políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou-se a Jesus Cristo ao falar sobre a renegociação das dívidas dos estados e criticou a ausência do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que busca a presidência em 2026.