A treta é a seguinte.
A polícia da Bahia já investiga há um bom tempo um esquema de desvio de dinheiro público das emendas parlamentares, que envolve o empresário Marcos de Moura, que é conhecido como Rei do Lixo. Ele presta serviços de coleta de lixo e tem um contrato bilionário com a prefeitura de Salvador.
A suspeita da polícia é que o dinheiro envolvido em esquemas de fraude em licitação e superfaturamento de contratos é da ordem de mais de bilhão de reais e envolve dezenas de prefeituras em 17 estados diferentes. E todas as prefeituras estariam ligadas ao União Brasil. Teve gente sendo presa na véspera do Natal do ano passado.
Mas o que está pegando agora é que o caso subiu para o Supremo Tribunal Federal. E por que um caso sobe para o Supremo? Porque envolve político com foro privilegiado. Como diz a figurinha: uns foro privilegiado, outros foro enganado. E, na semana passada, vieram as primeiras notícias do portal Metrópoles de que a persona com foro privilegiado era Elmar Nascimento.
Quando o caso chegou lá no Supremo, o ministro Edson Fachin estava de plantão e decidiu distribuir aleatoriamente. Caiu nas mãos do Nunes Marques, ministro que foi indicado pelo Bolsonaro. Só que a Polícia Federal quer que o caso vá para o supremo Dino DaSsilvaSsauro, o Flávio Dino. E por quê? Porque Dino é o ministro que está botando o terror no caso das emendas parlamentares. Chegou a bloquear mais de 4 bilhões de realezas que iriam para Lira e os aliados, lembra?
Agora o caso está com o supremo Barroso, que é o presidente do Supremo, que está analisando se vai redistribuir mesmo. E já está todo mundo antenado porque tem uns outros 13 processos que envolvem emenda parlamentares e que correm em segredo de Justiça com diferentes ministros supremos. Já pensou se vai tudo para o Dino?