Israel acusa a agência de estar infiltrada por membros do movimento palestino Hamas e afirma que alguns de seus funcionários participaram dos atentados de 7 de outubro de 2023.
Esses “acontecimentos são uma resposta direta aos graves riscos de segurança que representa a infiltração do Hamas e de outras organizações terroristas na UNRWA”, destaca o embaixador na missiva, na qual assegura que a agência “comprometeu irreparavelmente sua obrigação fundamental de imparcialidade e neutralidade”.
A carta não menciona uma segunda lei aprovada em outubro pelo Parlamento israelense, que proíbe, a partir da mesma data, que funcionários israelenses trabalhem com a UNWRA e seus colaboradores, o que suscita grande inquietação sobre o futuro das atividades da agência em Gaza e Cisjordânia.
Há alguns dias, o diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, assegurou que, quando a lei entrar em vigor, “a intenção da agência era permanecer e fazer seu trabalho” nos territórios palestinos.
“Mas, de fato, se você não tem uma relação burocrática ou administrativa, seu entorno operacional fica ainda mais complicado”, assinalou.
Israel acredita que as atividades da UNRWA devem ser assumidas por outras agências da ONU, mas as Nações Unidas reiteram que ela é “insubstituível”, sobretudo em sua missão de proporcionar serviços básicos aos palestinos, em particular, saúde e educação.