Não houve gols no Atletiba porque não houve jogo. No primeiro tempo, escancarou-se a fragilidade técnica dos dois times. Sem nenhuma qualidade, foram incapazes de criarem
uma jogada. Nem gol perdido houve. Em especial, o Coritiba que desde aos 29 minutos de jogo, teve a vantagem numérica pela expulsão de Léo Pelé.
No segundo tempo não houve jogo, porque a chuva foi tão intensa que a drenagem do campo do Couto não teve a capacidade de absorver tanta água. O tempo me ensinou que em um campo empoçado, só o jogador técnico, hábil e com controle da bola é capaz de criar alguma alternativa e situação definitiva para o gol.
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Como não havia nenhum, a chuva provocou trapalhadas, jogadas violentas e as poças exercendo pleno domínio sobre a bola e os jogadores. Mas a questão acabou sendo outra.
O jogo terminou e o pau quebrou entre os jogadores. E não foi em decorrência da rivalidade, pois à exceção de Mycael, Pedro Morisco e Lucas Ronier, todos são estranhos à história do Atletiba como valor imaterial de Curitiba.
A causa imediata foi a de que os jogadores coxas entraram em campo pressionados pela cartilha da torcida organizada do clube que “proíbe” o uso de vermelho e provoca-os: “lembrem-se de que atualmente há sempre alguém por perto…”.
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O mais grave foi o fato da diretoria da Coritiba autorizar que os torcedores entregassem pessoalmente aos jogadores a cartilha para, oralmente, impor as suas pretensões. Das organizadas (e não apenas do Coxa), é possível esperar tudo.
Mas a partir da transigência do clube, é possível a afirmar que ele incentiva e concorre para se formar o cenário que encerrou o Atletiba. A foto dos jogadores todos passivos na frente dos torcedores e esses fazendo gestos, prova que a sociedade SAF vai reduzindo a grandeza do Coritiba.
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