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Categorias de base foram feitas para revelar jogadores e não necessariamente para serem campeãs dos torneios que disputam.

Nem por isso as taças devem ser desprezadas, e a Copinha é a de maior visibilidade no Brasil, não a mais importante, porque serve para aplacar a síndrome de abstinência causada pelas férias dos profissionais.

Corinthians e São Paulo jogaram apenas diante dos torcedores tricolores, porque, na Pauliceia, as autoridades seguem incapazes de garantir segurança para duas torcidas no mesmo palco, no caso, o atrasado e ainda reduzido Pacaembu, porque as concessões malfeitas do que era público nunca cumprem o prometido.

Com melhor campanha —sete vitórias e um empate contra seis vitórias, um empate e uma derrota—, coube ao clube do Morumbi a vantagem da torcida única contra os de Parque São Jorge, campeões no ano passado.

Nas dez finais disputadas pelo Corinthians no então chamado “estádio da municipalidade”, o Timãozinho havia vencido sete.

O terceiro Majestosinho para decidir a 55ª Copinha serviu também como tira-teima, pois em 1993 deu São Paulo, 4 a 3, seu primeiro título, e em 2004 deu Corinthians, 2 a 0, a quinta taça.

Alvinegros em busca do duodecacampeonato em sua 20ª decisão; tricolores atrás do penta, na 12ª final.

Ryan Francisco, artilheiro da Copinha, suspenso, foi a grande ausência entre os garotos de Cotia.

Por maior que fosse a expectativa sabia-se de antemão que não poderia ser igual ao 4 a 3 de 1993, quando Jamelli despontou ao fazer três gols e Rogério Ceni falhou no 3 a 3 quando o rival jogava com dez.

Marques aparecia entre os meninos do Terrão e acabou ídolo no Galo.

Jamelli fez sucesso no Santos e jogou até na seleção, além de ter feito carreira no Japão e na Espanha.

Na maior das decisões da Copinha, quem comentava na TV Cultura era José Trajano que, na próxima sexta-feira (31), autografará, na Retrôgol, em São Paulo, seu quinto livro, “1960, quando as estrelas ficaram vermelhas”, delicioso passeio pelo Brasil dos anos dourados e esperançosos —com a conquista do Campeonato Carioca pelo América como fio condutor, o América do Zé Trajano.

Então, ao aludir ao bom desempenho de Ceni até sofrer o terceiro gol, Trajano vaticinou que o goleiro iria longe, assim como um outro, do Vitória, chamado Dida. Na mosca!

Tudo respaldado pela opinião de Valdir de Moraes, lendário goleiro do Palmeiras e primeiro treinador de goleiros da seleção brasileira.

Entre os integrantes dos dois atuais elencos paulistanos, fiquem de olho a rara leitora e o raro leitor no já mencionado Ryan, capaz de conduzir o São Paulo à decisão, de virada sobre o Criciúma, com duas cavadinhas seguidas em cobranças de pênaltis nos estertores do jogo, e no lateral-esquerdo corintiano Denner, que marca e ataca e faz gols como gente grande, o primeiro da decisão, inclusive.

Se não foi igual ao 4 a 3, o 3 a 2 da virada tricolor ficou perto, com dois gols de Paulinho para matar a saudade de Ryan, e com o diferencial de que naquela conquista o São Paulo esteve sempre na frente e nesta perdia por 2 a 0, o que, convenhamos, dá sabor especial à nova virada à paulista.

Majestosinho resolvido, resta o Majestoso nesta noite de domingo.

Barba e cabelo?


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