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Foi com sua principal aposta de hit para o Carnaval de 2025, “O Verão Bateu em Minha Porta”, que Ivete Sangalo começou seu show neste domingo de Festival de Verão em Salvador, carregando a tranquilidade de quem tem uma das mais eficazes presenças de palco da música brasileira atual.

“Porra, eu não sei se eu respiro com o coração ou com o pulmão. É porque é em Salvador. Quando eu tô em casa eu fico doida da cabeça”, disse ela, lembrando que está há 23 anos pisando no palco do evento.

Ivete é, provavelmente, a aposta mais segura do festival. É velha conhecida do público, constantemente emplaca hits que duram verões inteiros —e ainda ganham vida extra— e se tornou uma figura indissociável da música baiana e brasileira.

Além disso, é uma das poucas figuras clássicas do Carnaval baiano fundado no axé que soube se atualizar sonoramente, renovando seu público ao longo das décadas.

É como se ela tivesse um tino especial para entender o que vai ser absorvido pelas multidões —e como encaixar sua identidade naquilo, mesmo quando abraça dancinhas do TikTok.

O começo de sua apresentação deste domingo, por exemplo, foi praticamente fundado em músicas lançadas nos últimos cinco anos, com experimentações com o pagodão baiano, o funk e a música eletrônica. Vieram, na sequência, faixas como “Só Love na Cabeça”, “Lugar Perfeito”, com Anitta, “Cria da Ivete” e “Macetando”, com Ludmilla —esta hit absoluto do último Carnaval.

Músicas mais antigas, como “Abalou”, “Poeira”, “Me Abraça” e “Beleza Rara” chegam na segunda metade do show, acompanhadas de sucessos da Banda Mel como “Alô Paixão”.

Se a dose cavalar de nostalgia para quem cresceu com essas músicas é tirada do cálculo, ficam canções tão celebradas quanto os hits recentes, o que diz muito sobre a carreira da baiana.

Conhecida pelas surpresas no palco —ano passado cantou “Eva” suspensa sobre o público do Rock in Rio— Ivete fez um caminhão que imitava um trio elétrico entrar no palco para a parte final do show.

Ela cantou hits conhecidos de seu trio, como “O Mundo Vai” e “Empurra Empurra” cercada por pessoas que representavam os foliões —um homem vestido de Bell Marques, inclusive—, e fechou o show repetindo “O Verão Bateu em Minha Porta”.

A jornalista viajou a convite do Festival de Verão Salvador