“Os assuntos fronteiriços devem ser tratados por meio de mecanismos de diálogo bilaterais estabelecidos entre os Estados para encontrar soluções coordenadas a temas comuns. Qualquer medida unilateral pode afetar a boa vizinhança e a convivência pacífica entre os povos irmãos”, expressou o comunicado oficial.
O governo da Bolívia vai solicitar, por meio de canais diplomáticos, informações detalhadas sobre a iniciativa argentina e a ressaltou que “continuará apoiando o diálogo construtivo como via para solucionar os assuntos de comum interesse”.
Após a Bolívia se manifestar por meio de um comunicado oficial, o governo local argentino ironizou: “Que bom que agora eles estão preocupados”, respondeu Zigarán.
A reportagem entrou em contato com o Ministério de Relações Exteriores da Argentina sobre o pedido de explicação por parte da Bolívia, mas ainda não teve resposta.
“Proteger os argentinos”, diz ministra de Milei
O governo argentino, por meio do Ministério de Segurança, afirmou em nota divulgada hoje (27) que o muro de arame de 200 metros na fronteira com a Bolívia será para “proteger os argentinos e frear o ingresso da cocaína no país”. O anúncio foi feito logo após a repercussão sobre a construção de um alambrado de arame de 200 metros de largura e dois metros e meio de altura, por parte do governo da cidade de Aguas Blancas, na província de Salta, norte da Argentina, fronteira com a Bolívia.