Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

Se a grávida de Taubaté virou símbolo de farsa nacional, dá para dizer que ela inventou a fake news em uma época que a inteligência artificial era papo para filme de Tom Cruise. Ela criou a mentira in loco, sem Photoshop, ostentando aquela pança enorme e pouco crível —e não é que acreditaram?

Pouco depois do momento em que Maria Verônica inventou seu roteiro e figurino com documentação falsa para enganar todo mundo, Chris Flores mostrou em rede nacional como funciona a checagem. Mentira existe desde que o mundo é mundo, mas dá sempre para ir até lá, olhar com os próprios olhos para crer de verdade. É isso que o jornalismo profissional decente faz: ouve, checa, reporta. E desconfia.

Em janeiro de 2012, Chris Flores entrevistou a Grávida de Taubaté no programa Hoje Em Dia
Em janeiro de 2012, Chris Flores entrevistou a Grávida de Taubaté no programa Hoje Em Dia Imagem: Reprodução/RecordTV

Há 13 anos, nem sonhávamos que o planeta estaria com essa pinta de acabar. O fim do mundo, aliás, estava marcado para aquele 2012 mesmo e parecia mais inofensivo que essa versão de apocalipse que põe fogo nas florestas enquanto a galera aplaude meia dúzia de bilionários em um palco.

A ascensão meteórica da tecnologia levou a internet para os nossos bolsos enquanto a prótese da grávida caia por terra. Espalhar mentira ficou incrivelmente mais fácil desde então —é impossível ter uma Chris Flores atenta para cada barriga de mentirinha. Por isso existem as agências de checagem e a imprensa profissional contínua entregando seu suor em nome de fatos.

Andamos perdendo de lavada: Mark Zuckerberg anunciou que em suas redes vai se poder mentir à vontade. Ele chamou de liberdade de expressão. No WhatsApp, ninguém tem controle de nada e fake news virou um negócio bem rentoso.