Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

Na verdade, o teto orçamentário, que foi adotado em 2021, tem correção anual da inflação, ao contrário do que o ex-engenheiro diz. Para 2025, com todas as correções, todo o gasto relacionado à performance das equipes tem que ficar abaixo de cerca de 150 milhões de dólares. Aqui eu explico como funcionam todos esses cálculos.

Salário abaixo da média e ambiente tóxico

No entanto, é normal ouvir queixas de salários muito defasados em relação a outros setores do automobilismo ou mesmo em comparação com outras funções parecidas na área de engenharia em outros tipos de indústria. Em 2024, houve relatos nas mídias sociais de profissionais contratados por valores bem abaixo até mesmo da média salarial no Reino Unido (onde estão sediadas a maioria das equipes da Fórmula 1).

Os salários de entrada para engenheiros, de acordo com estes relatos, estariam bem abaixo das 30 mil libras por ano, e a média do país é de acima de 38 mil libras (cerca de 280 mil reais por ano). Existe no país um cálculo de padrão de renda mínima, que é atualmente de 29.500 libras.

Além de oferecer um salário de entrada mais baixo, as equipes grandes também tiveram que ‘limpar’ o quadro de funcionários para se adequar ao teto, e o que se viu claramente no paddock foi uma renovação, com profissionais menos experientes (e mais baratos) sendo contratados.

A questão é que, ao mesmo tempo, o calendário foi ficando mais inchado. Hoje são 24 corridas, e o teto orçamentário também acaba inibindo a possibilidade de rotação dos funcionários. Simplesmente não dá para ter duas equipes de corrida. Engenheiros e mecânicos não costumam ir a todas as provas em todas as equipes, mas a possibilidade de troca, mantendo o mesmo nível na equipe de pista, é limitada.