Até aqui, as previsões são de que a economia cresça em 2025 acima dos relativamente fortes 3,5% com que deve fechar 2024. Mas o avanço não passaria muito de 2%, numa visível redução de ritmo.
O carregamento estatístico da expansão de 2024 para este ano deve ser pequeno, caso se confirme o início de freada no último trimestre do ano passado, como alguns resultados apontam. Vai contribuir, de todo modo, juntamente com a esperada boa safra agrícola, para empurrar a economia a um resultado positivo, no primeiro semestre.
Um desses sinais de freada foi confirmado nesta quinta-feira (30), com a divulgação das estatísticas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de dezembro e do ano fechado de 2024. Ainda houve criação de vagas no ano, mas, a partir de outubro, os números passaram a esfriar.
Isso fez com que as projeções para o ano ficassem mais altas do que o resultado efetivo. Das 1,8 milhão de vagas previstas, o Caged registrou aumento de 1,7 milhão de vagas no ano.
Os dados da PNAD Contínua, pesquisa do IBGE que apura a situação do mercado de trabalho como um todo, divulgados nesta sexta-feira (31), confirmam o início de uma desaceleração do nível de ocupação, no fim do ano. A taxa de desemprego referente ao último trimestre de 2024, subiu ligeiramente para 6,2% da população ativa, acima das previsões de 6% da força de trabalho desocupada.
É normal que o número de vagas no mercado de trabalho formal recue em meses de dezembro, com a demissão do pessoal contratado para atender à demanda reforçada das festas de fim de ano. Mas o recuo no mês passado, com o fechamento de 530 mil postos de trabalho, superou as estimativas.