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Barroso discursou no plenário da Corte ao lado de Lula e do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP). O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), da OAB, Beto Simonetti, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estavam na mesa.

Barroso rebate crítica de bolsonaristas

De maneira velada, o ministro rebateu uma crítica constante e inúmeras vezes repetida por críticos ao tribunal —em especial por bolsonaristas: que os ministros do Supremo não foram eleitos pelo povo e, portanto, não teriam voz ou poder para tomar decisões delicadas.

“Lembro que todas as democracias reservam uma parcela de poder para ser exercida por agentes públicos que não são eleitos pelo voto popular, para que permaneçam imunes às paixões políticas de cada momento. O título de legitimidade desses agentes é a formação técnica e a imparcialidade na interpretação da Constituição e das leis”, afirmou.

“Nós decidimos as questões mais complexas e divisivas da sociedade brasileira. E, naturalmente, convivemos com a insatisfação de quem tem interesses contrariados. É assim com todas as cortes constitucionais do mundo, dos Estados Unidos à África do Sul, da Colômbia a Israel.”

Paridade de gênero

O magistrado também defendeu que as mulheres tenham oportunidade de serem promovidas nas carreiras jurídicas: a cada vaga disponível no tribunal, ao menos uma iria para mulheres. “Precisamos incorporar a realidade brasileira no Poder Judiciário.”