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Desde o fim de 2024, Lula estuda uma reforma ministerial para acomodar aliados e garantir votos no Congresso e apoio em 2026. As mudanças na equipe ainda não foram feitas justamente porque o Palácio do Planalto aguardava a troca nos comandos do Legislativo.

A volta de Alcolumbre à presidência do Senado faz parte desse novo xadrez das negociações políticas. Ele, que presidiu a Casa entre 2019 e 2021, centralizou o pagamento das emendas parlamentares, que estão suspensas por determinação do Supremo Tribunal Federal. Agora, a classe política procura uma maneira de acalmar o Congresso.

Pela tarde, Alcolumbre discursou na abertura do Congresso e citou o entrevero. “A recente controvérsia sobre emendas parlamentares ao orçamento ilustra a necessidade de respeito mútuo e diálogo contínuo. As decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo brasileiro, inclusive, levando recursos e investimentos à sua região.”

Alcolumbre também deu ênfase ao discurso dos legisladores de que o Judiciário deve respeitar as decisões dos congressistas porque eles foram eleitos pelo voto popular e, por isso, não poderiam ter decisões invalidadas pela Corte.

“É essencial que cada Poder respeite suas funções e limites. O Congresso tem sua autonomia e suas prerrogativas. Vamos trabalhar em harmonia com o Executivo e o Judiciário, mas sempre garantindo que a voz do povo, representada aqui neste Parlamento, seja a base de todas as decisões. E que nossas decisões sejam tomadas sob as regras do regime democrático: buscando o consenso, mas, quando ele for impossível, que se respeite a vontade da maioria, permitindo que ela se expresse e delibere, sempre garantindo a proteção do direito das minorias manifestarem suas divergências”, disse Alcolumbre.

Por sua vez, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, afirmou, ao abrir o ano do Judiciário, que não são todas as decisões sobre o país que dependem daqueles eleitos pelo voto.