“Se [o projeto for] aprovado, a Argentina se tornaria um país no qual o financiamento privado de campanha terá mais impacto. Passaríamos de um modelo europeu a um mais norte-americano”, disse o cientista político argentino Facundo Cruz, do CICaD (Centro de Investigação para Qualidade Democrática).
Menos partidos políticos
O projeto também quer modificar o número de partidos políticos. Atualmente, a Argentina é um dos países da América Latina com maior número de siglas a nível nacional —são 47. Segundo dados do governo, a Argentina está a frente do México, com sete partidos, Panamá (8), Bolívia (11), Uruguai (12), Equador (17), Chile (23), Paraguai (25), Brasil (33).
Com a reforma, os partidos deverão ter 0,5% de afiliados registrados em vez de 0,4%, e obter um mínimo de 3% dos votos em duas eleições consecutivas —atualmente é a taxa exigida é de 1,5%, afirmou a Casa Rosada.
Fim das eleições primárias
Outra alteração proposta é o fim das eleições primárias, chamadas de PASO (Primária, Aberta, Simultâneas e Obrigatórias). Elas indicam os candidatos que concorrerão às eleições gerais em nível nacional. São consideradas a maior pesquisa eleitoral do país, pois antecipam os resultados das eleições gerais.