Correm à solta nas redes e nas arquibancadas da Baixada, as manifestações de torcedores pedindo que Mario Celso Petraglia vá embora do Athletico e que não volte nunca mais.
Bobagem, perda de tempo. Petraglia não irá embora nem hoje, nem amanhã e nunca mais.
Conta a lenda que, entre as suas últimas vontades manifestadas em testamento, estaria a de que as suas cinzas sejam enterradas no meio do campo da Baixada, bem ali onde começa o jogo.
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É bem possível que o presidente Petraglia tenha buscado inspiração na obra de Dee Brow: “Enterrem meu Coração na Curva do Rio”.
Nela, o romancista americano centra a sua narração sobre a destruição dos índios, sob o ponto de vista indígena. Entre as referências, está a história de Touro Sentado, cacique dos Sioux Lakota.
Depois de tanto lutar, próximo da morte, “Touro Sentado” pediu que o seu coração fosse enterrado na curva do rio Little Big Horn.
Não sei quando Petraglia terá atendida essa vontade. Nem sei se, ainda, estarei escrevendo. Mas já deixo aqui cravado: a vontade será justa, ao contrário do que foi a de excluir o nome de Joaquim Américo para o estádio chamar-se “Mario Celso Petraglia”.
O meio campo da Baixada, por enquanto, está livre.
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