O presidente da Câmara, Hugo Motta (PB), estima que o orçamento deste ano só será votado em março. A proposta é sempre aprovada de um ano para o outro. Quando isso não ocorre, o governo tem dinheiro apenas para pagar despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias.
O atraso na votação é uma retaliação do Congresso ao Supremo por bloquear R$ 4 bilhões em emendas.
Deputados e senadores veem um jogo combinado entre o Supremo e o Planalto na decisão de Flávio Dino, ex-ministro de Lula, de reter os recursos sob o pretexto de falta de transparência nas indicações. Nos próximos dias, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se reúnem com Dino para tentar um acordo pela liberação dos recursos. A coluna apurou que eles elaboram uma proposta para buscar uma solução definitiva.
No discurso de posse, os dois políticos mandaram recados duros ao Supremo com críticas à interferência no trabalho do Congresso e promessas de expor falta de transparência nos gastos do Judiciário.
As declarações do presidente da Câmara favoráveis ao projeto de anistia aos presos pelo 8 de janeiro também é uma forma de recado. O Supremo teme a aprovação de um projeto de anistia que desmoralizaria suas decisões e imporia uma guerra institucional.
O presidente Lula (PT) irá participar da abertura do encontro com os novos prefeitos , em Brasília.”Em 2024, 5.568 municípios do país elegeram novos(as) gestores(as) para o mandato de 2025-2028. O governo federal entende que este processo de transição é um momento crucial para a continuidade das políticas públicas e para o fortalecimento das parcerias entre o governo federal e os municípios”, informa o governo no convite para o evento.