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Nesta semana, a estrutura do Couto Pereira deu um susto nos torcedores do Coritiba, quando pedaços de concreto se descolaram e caíram, atingindo dois torcedores, sem gravidade. O fato aconteceu antes do jogo contra o Operário, na terça-feira (11), e mais uma vez trouxe debates sobre a manutenção do estádio.

Desde o início da temporada de 2025, torcedores têm reclamado e pedido maior manutenção do estádio do Alviverde.

“Eu tenho uma análise crítica sobre a manutenção do Couto. Tirando a Pro Tork, as estruturas são defasadas, são muito antigas. Seria bom uma reestruturação ou repaginação dos setores que já existem”, afirma o sócio Marlus Miguel, de 31 anos.

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A queda dos pedaços de concreto na terça-feira não passaram de um susto. O Coxa ofereceu auxílio, mas os torcedores não sentiram necessidade. Mesmo assim, o episódio acende um alerta para possíveis novas quedas.

Ao UmDois Esportes, o CFO do Coritiba, André Campestrini afirmou que não há riscos maiores na estrutura, conforme vistorias do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA) e da Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis, da Prefeitura de Curitiba.

Ele ainda afirmou que a SAF faz avaliações das dependências do Couto a cada seis meses.

Campestrini, em entrevista ao UmDois

“Não há riscos maiores conforme constatação de empresas contratadas para avaliação e visitas técnicas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná(CREA), da COSEDI e do Ministério Público”

“Desde outubro de 2023 estamos fazendo avaliação estrutural independente a cada semestre, e em fevereiro de 2024 começamos a fazer manutenções e limpezas especializadas em todo o estádio. Esse programa iniciado deverá ser concluído no fim de 2025”, emendou.

Projeto de reforma do Couto Pereira está em fase de análise técnica

A Treecorp Investimentos, dona de 90% da SAF do Coritiba, tem até 2030, sete anos a partir da venda, para começar as obras do projeto de modernização do estádio coxa-branca.

Segundo Campestrini, o projeto está em fase de análise técnica, mas a prioridade atual é o novo CT, em Campina Grande do Sul.

“O foco neste momento está no Centro de Treinamento que aguarda emissão das licenças para iniciar. O Couto está em análise do projeto recebido”, disse.

O Coritiba espera iniciar as obras do novo CT ainda no primeiro trimestre deste ano. No fim de 2024, as mudanças foram aprovadas pelo Conselho de Administração da SAF, às vésperas da eleição da associação do clube e saída de Vilson Ribeiro de Andrade da cadeira da associação no conselho.

E o gramado do Couto Pereira?

Outro ponto que vem sofrendo algumas críticas é o gramado do estádio. O campo do Couto Pereira sempre foi um destaque positivo do Coritiba, mas neste ano foi possível ver alguns pedaços de terra, principalmente, perto do gol.

Além disso, o gramado tem alagado com certa facilidade com as chuvas que ocorrem neste período do ano. No Atletiba, no dia 25 de janeiro, por exemplo, a chuva forte praticamente impossibiltou o jogo. Na partida contra o Rio Branco, no início de fevereiro, alguns pedaços na área em frente à Curva Mauá estavam com buracos.

Campestrini aponta o volume de chuvas como fator prejudicial na manutenção e defende que o clube aumentou o investimento nos ajustes do gramado.

“Desde dezembro de 2024, o volume de chuva tem sido prejudicial para manutenção do gramado. Contudo, o lube tem aumentado o investimento (aplicação de adubo, sementes, cortes, drenagem, outros)”, explicou.

“Como uma marca reconhecida no mercado nacional, o Coritiba FC dedica atenção, energia e dinheiro na busca pela melhor qualidade do gramado. Contudo, dependemos também de fatores não controláveis como chuva, sol, frio e calor”, completou.

Para além de estrutura, torcida reclama de serviços

Sócio da Pro Tork desde a criação do setor, o coxa-branca Marlus Miguel também reclamou dos serviços do estádio, criticando as longas filas em lanchonetes e problemas com catracas. Neste ano, o Coritiba iniciou a operação própria dos bares do estádio, depois de conseguir romper com a Futebol Total.

“Sou da Pro Tork desde a abertura do setor e nunca tinha visto tamanho descaso. Os bares estão desorganizados, há problemas gerais no estádio e muita desorganização”, criticou Miguel.

“A gente imaginou que a SAF melhoraria a condição, e não estou falando do time, mas da estrutura geral, mas piorou”, completou.

Em nota, em janeiro, o Coxa explicou que assumiu a gestão e que possui um time desde 2024 para administrar as lanchonetes e bares.

“Com toda a expertise de um time construído desde 2024 e dedicado a atender nossa torcida nesse aspecto, ainda contamos com a importante parceria de marcas como AMBEV e A&B360 para estabelecermos um padrão de qualidade, tanto no serviço como nos produtos, em todos os setores do estádio”, escreveu, na época.

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