Após crescer no mercado nacional, a van Ford Transit traz novas versões na linha 2026. O modelo produzido no Uruguai passa a ser oferecido em uma opção alongada para transporte de passageiros, que pode ter até 29 lugares. Há ainda o furgão Cargo, cujo PBT (peso bruto total) chega a quatro toneladas.
Ao todo, são 22 modelos das versões chassi, furgão, minibus e elétrica. A marca afirma ser possível oferecer 60 configurações diferentes, com preços que começam em R$ 282,9 mil.
As novidades tornam a van mais competitiva diante de concorrentes como as linhas Iveco Daily e Renault Master. Contudo, há um certo exagero de marketing em chamar o veículo de “nova Transit”.
O desenho não muda: a diferença externa está na cor da logomarca oval, agora em um novo tom de azul. As mudanças de fato estão no interior, que traz uma central multimídia com tela de 12 polegadas, além de quadro de instrumentos igualmente digital.
O veículo recebeu novos itens de segurança. O pacote de assistência à direção inclui piloto automático adaptativo, assistência em frenagens de emergência e sensores que leem as faixas pintadas no asfalto e ajudam a manter o veículo em sua pista.
O motor 2.0 turbodiesel permanece com 165 cv de potência. O câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático com dez velocidades.
As vendas da Transit no Brasil tiveram alta de 18,6% em 2024 na comparação com 2023. Foram emplacadas 3.154 unidades no ano passado, resultado que deixou o modelo na segunda colocação entre as vans de seu porte.
A primeira colocação é da família Renault Master, que teve 11.159 unidades vendidas no período. Os dados são da Fenabrave (federação que reúne os distribuidores de veículos).
Uma das estratégias da Ford para crescer no mercado é o plano de assinatura Go Frotas. Nessa modalidade, o aluguel da Transit custa a partir de R$ 8.845 por mês na versão chassi.
A aposta no segmento de veículos comerciais está relacionada ao rearranjo fabril da Ford na América do Sul. Enquanto a Transit é montada no Uruguai, a picape Ranger é feita na Argentina, em uma das linhas de montagem mais modernas do continente. A planta de Pacheco tem capacidade para produzir 110 mil unidades por ano.
Embora não tenha mais linhas de produção ativas, o Brasil segue como sede e centro de desenvolvimento de produtos da Ford na região.
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