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Três das pessoas beneficiadas por indultos eram do estado de Tennessee. Um deles, Chester Gallagher, era policial identificado pelos promotores do caso como um organizador central de bloqueios de clínicas.

“Os indultos do presidente Trump convidam extremistas antiaborto a intensificar seus ataques a clínicas de saúde reprodutiva com impunidade”, alertou Nancy Northup, presidente do Center for Reproductive Rights.

“Desde a notícia dos indultos, ouvimos de provedores de serviços de aborto em todo o país que eles estão aterrorizados com a segurança de seus funcionários e pacientes. Mesmo com essa lei em vigor, os ativistas antiaborto ameaçaram matar os provedores, bombardearam suas clínicas e assediaram suas pacientes”, indicou.

Segundo ela, nos governos anteriores, as clínicas podiam contar com o Departamento de Justiça para fazer cumprir a lei, independentemente da opinião do presidente sobre o aborto. “Não mais. O presidente Trump declarou que é ele, e não o Congresso, quem decide o que é a lei e quem ela protege”, disse.

Levantamentos revelam, de fato, que desde 2022, grupos ultraconservadores intensificaram os ataques contra médicos. O aumento da violência coincidiu com o momento em que a Suprema Corte americana repassou aos estados a responsabilidade por proibir ou não o aborto.

Nos doze meses seguintes à decisão, houve um aumento de 538% no número de pessoas obstruindo entradas de clínicas. Isso passou de 45 em 2021 para 287 em 2022. Houve ainda um aumento de 913% na perseguição de funcionários de clínicas e um aumento de 144% nas ameaças de bomba, de 3 em 2021 para 7 em 2022.