Jorge Guaranho terá de passar por uma reavaliação médica no Instituto de Medicina Legal. O desembargador determinou que perícia vai identificar se o réu condenado tem condições de cumprir a pena no Complexo Médico Penal do Paraná ou em alguma prisão estadual.
Advogados do bolsonarista defendem que ele precisa de tratamento médico. No pedido à Justiça, os defensores detalharam que Guaranho levou nove tiros no dia da morte de Marcelo e foi espancado por cinco minutos, o que resultou em fratura completa da mandíbula, perda de dentes e massa óssea. “Cabe destacar que os diversos projéteis estão alojados no corpo do paciente, inclusive na caixa craniana e na porção esquerda da massa encefálica”, segundo pedido protocolado no TJPR.
“Autorizo o diligenciamento e comunicações necessárias em caráter de urgência, tanto ao IML quanto à parte, dada a necessidade de se atualizar as informações médicas do paciente, como forma de atualizar e confirmar se aqueles requisitos anteriormente demonstrados, ainda persistem ao nível que impossibilite o cumprimento da pena pela forma determinada na referida sentença condenatória”, diz trecho da decisão de Gamaliel Seme Scaff.
Guaranho já cumpria pena em prisão domiciliar desde setembro de 2024. Mas, na quinta-feira (13), após a condenação, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler determinou que o réu deveria voltar para a cadeia.
Atualmente, o ex-policial penal cumpre pena em prisão domiciliar. A Justiça do Paraná determinou que Guaranho seja monitorado por tornozeleira eletrônica e que se desloque apenas para tratamento médico, devendo informar ao juízo. Ele fica proibido de sair do seu domicílio em Curitiba para outro fim e não pode manter contato com qualquer pessoa ou testemunha relacionada com a ação penal.
Decisão liminar é válida até o julgamento do mérito da ação. De acordo com o advogado Rogério Oscar Botelho, que representa a família de Marcelo Arruda, o julgamento do mérito deve ser realizado em até 30 dias.