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“Uma é o Trump do [livro] ‘A arte da negociação’, ele coloca a bravata, está querendo negociar, tudo vai ficar razoavelmente ok. O acordo de livre comércio com os Estados Unidos e Canadá vai ficar de pé, pode chegar um acordo com a China, em última instância é um governo jogando forte, mas o resultado final não vai ser desastroso”, listou.

“Nós temos uma visão um pouco diferente, nós achamos que o uso de tarifas é um meio de política industrial e trazer empregos para a economia americana. Então quando a gente olha o ciclo tarifário que vem pra frente, achamos que existe uma certa complacência no setor privado sobre o volume”, disse.

Por fim, Garman citou as cascas de banana na relação bilateral, que vão das bravatas do Brics de desdolarizar a economia mundial ao destino político de Bolsonaro, aliado de Trump. São temas que, segundo o analista, podem interferir na diplomacia.

“O lado político atrapalha. O Brics não tem de fato um projeto alternativo ao dólar, é muita espuma, mas comentários do presidente Lula, da ambição de desdolarização, reduzir o papel do dólar não ajuda”, disse.

E seguiu listando: “Como não ajuda que o ex-presidente vá ser denunciado e o Supremo Tribunal Federal vai julgar o caso dele e ele pode ser condenado no final do ano.
Não ajuda o Supremo Tribunal Federal julgando casos de colocar mais oneração sobre as plataformas de rede social. Então nós temos várias cascas de banana em relação ao bilateral que podem começar a interferir num trabalho diplomático de engajamento [entre os dois países]”.