Após ser indagado sobre a atuação de outros personagens, Cid revelou que Wajngarten também fez telefonemas para seu pai e ainda buscou contato com sua esposa Gabriela Cid.

“Ele tentou até ligar para minha esposa também, eu acho, para saber o que eu tinha falado (…). Para entender o que eu tinha falado, como estava funcionando o acordo decolaboração.”, afirmou.

Nesse mesmo depoimento, Cid admite à PF que minimizou a participação de Braga Netto nos fatos golpistas. Nos primeiros depoimentos de sua delação, ele não havia narrado a participação ativa de Braga Netto nas articulações golpistas e até mesmo no financiamento. Ele explicou que não fez isso por causa dos telefonemas feitos pelo general, mas pelo “respeito” à patente dele.

“Não por causa disso efetivamente, mas pelo respeito que a gente tem com uma autoridade, um general quatro estrelas, que às vezes é muito caro, dosa muitas palavras para evitar estar acusando ou falando de uma autoridade, ainda mais um general quatro estrelas. Mas diretamente, por causa dessa situação, não. Mais pelo íntimo interno, do ethos militar”, afirmou.