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Principal nome entre os investidores individuais da SAF do Coritiba, o empresário Joel Malucelli sugere a fusão com o rival Paraná Clube. De acordo com Malucelli, ele debateu o assunto com o sócio diretor da Treecorp, empresa dona da SAF, Bruno D’Ancona.

“A princípio, pode se achar uma missão impossível. Mas o que eu imaginaria era um projeto muito bem feito, bem equilibrado, e que fosse à aprovação dos torcedores do Coxa e do Paraná”, revelou Malucelli, em entrevista ao Globo Esporte, da RPC TV.

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O empresário relembrou o passado de fusões do Paraná. “Poderia ser agora um Coxa PR, sabe deus, isto é o de menos. Mas não dá para desprezar a força que o Paraná tem. E hoje futebol não se faz mais sem dinheiro”, prosseguiu.

Ainda segundo Malucelli, D’Ancona ouviu a ideia da fusão com interesse.

“Hoje o futebol não se faz mais sem dinheiro. Não dá para desprezar a força que o Paraná tem. Ele [D’Ancona] gostou da ideia. Estão com muitos problemas para resolver no Coritiba, mas acho que eles não descartariam esta possibilidade”, completou.

Malucelli revelou, em novembro do ano passado, em entrevista ao podcast Carneiro & Mafuz, do UmDois Esportes, que é dono de cerca de 10% da SAF do Coxa, após investir mais de R$ 10 milhões.

O ex-dirigente coxa-branca ainda afirmou que não investiria no futebol sozinho, sem uma estrutura de investidores por trás, como é o caso da Treecorp Investimentos, a private equity que tem 90% das ações do Coritiba.

Fusão de rivais já envolveu Athletico, Coritiba e Paraná

Os planos de fusão entre clubes rivais do futebol paranaense não é novidade, tampouco ficção. Em 1995, dirigentes dos três clubes discutiram a ideia.

Um projeto que pretendia reunir atleticanos, coxas-brancas e paranistas para forjar uma potência nacional. Relembre aqui no UmDois os bastidores do ousado plano que não foi levado adiante.

Um clube só em Curitiba: veja os bastidores

Em 1995, o Paraná Clube dominava o cenário estadual. Há quatro anos o Tricolor vencia o Estadual com autoridade. Em 1992, tinha conquistado a Série B e alcançado a elite nacional.

Naquele ano, o Tricolor era o único clube do estado no Brasileirão. Fora de campo, era uma potência com cerca de 30 mil associados. Já Athletico e Coritiba batalhavam na Segundona, com sérios problemas políticos e financeiros.

Petraglia já defendeu fusão do Athletico com rivais. Foto: Arquivo/UmDois

Petraglia já defendeu fusão do Athletico com rivais. Foto: Arquivo/UmDois

Foi neste contexto de dupla Atletiba em baixa que a ideia de uma fusão entre os três clubes teve início.

“Claro que era praticamente impossível, mas a tentativa que eu via, e que me deslumbrava pela forma de enxergar o mundo dos negócios, era que não havia possibilidade de sobrevivência dos três em primeira grandeza”, contou Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico, em entrevista à Gazeta do Povo.

Os planos vislumbravam o Couto Pereira como estádio, uma arena multiuso na Baixada, para shows e eventos, além da Vila Olímpica do Paraná para as categorias de base. As cores seriam totalmente novas, sem vestígios dos clubes formadores.

Além disso, o projeto ambicioso e peculiar previa jogar o Paulistão. No entanto, o Coritiba rejeitou a fusão. A opinião contrária do Conselho Deliberativo alviverde foi responsável por engavetar a ideia.

Fusão entre Athletico e Paraná Clube?

Antes da fusão entre os três clubes da capital, Petraglia via no Paranpa o parceiro ideal para unir forças com o Athletico. As conversas com a diretoria paranista avançaram.

O Furacão entraria com a força política e da torcida, somando ao robusto patrimônio e número de sócios do recém-criado Tricolor, mais o forte time da época.

Parana x Patriotas

Vila Capanema. estádio do Paraná Clube. Foto: Átila Alberti/Arquivo/UmDois

Uma arena seria levantada na Baixada e um centro comercial erguido no espaço da Vila Capanema. O estádio Erton Coelho de Queiroz funcionaria como centro de treinamento e todas as sedes sociais seriam mantidas.

“Definimos que o nome seria Paraná Atlético Clube”, relembrou Aramis Tissot, primeiro presidente da história do Paraná Clube, também à Gazeta do Povo.

No entanto, a ideia também morreu no Conselho Deliberativo do Paraná. De acordo com Petraglia, o principal opositor foi o conselheiro Raul Trombini, já falecido, e que representava a parte do Colorado do Paraná Clube.

Histórico de fusões do futebol paranaense

No dicionário do futebol paranaense, a palavra fusão aparece com destaque. Em 1924, o Athletico surgiu como produto de América e Internacional, clubes fundados na década anterior.

Mas não para por aí. Em 1972, o time da Baixada poderia ter virado Clube Atlético Pinheiros. A alteração de nomenclatura, porém, frustrou a união.

Couto Pereira, estádio do Coritiba. Foto: Divulgação/Coritiba

Couto Pereira, estádio do Coritiba. Foto: Divulgação/Coritiba

No ano seguinte, em 1989, Pinheiros e Colorado se fundiram para formar o Paraná Clube. A árvore genealógica tricolor, aliás, é extensa.

O lado vermelho é originário de Britânia, Ferroviário e Palestra Itália, enquanto o azul veio da reunião de Savóia e Água Verde.

Fundado em 1909, o Coritiba é exceção entre o trio da capital. O Alviverde nunca materializou uma fusão, embora os coxas-brancas também tenham estudado possibilidades. Apenas três anos depois do título brasileiro de 1985, falou-se na criação do Coritiba Pinheiros Futebol Clube.

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