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O rapper Oruam, um dos artistas de trap mais ouvidos no país, acumula muito mais do que apenas polêmicas. Filho do traficante Marcinho VP, preso desde 1996, condenado a 36 anos de prisão por ser mandante de dois homicídios, o artista de 23 anos esbanja uma vida luxuosa nas ruas do Rio de Janeiro e, é claro, também nas redes sociais.

Entre os bens do cantor, que ele exibe nas redes sociais, há um ônibus personalizado cotado em R$ 1 milhão. É o mesmo valor do Porsche Carrera 911 de 2021 que Oruam tem na garagem, ao lado de outro modelo apelidado por ele de “carro do Batman”, um Audi TT RS avaliado em R$ 500 mil. Todo preto e com aerofólio traseiro, o carro de fato lembra o Batmóvel do homem-morcego.

Curiosamente, até mesmo o animal de estimação de Oruam pode ser contabilizado como parte de sua fortuna, dado o valor incomum do animal, um gato raro da raça Savannah –um cruzamento do gato doméstico comum com o serval, um integrante da família dos felinos comum nas savanas da África Subsaariana. Chamado pelo cantor de Malandrex, ele pode valer até R$ 120 mil.

Apesar de não ser exatamente uma novidade no universo da música, o estilo de vida ostentador de Oruam tem um quê de novidade pelos seus posicionamentos.

Nas redes sociais, o rapper já assumiu que gosta de esbanjar uma vida luxuosa, mas, em entrevista ao PodPah, queria poder conviver com seu pai. Segundo apuração da Folha de 2010, Marcinho VP, já preso, acumulou R$ 40 milhões em dez anos.

“Meu maior sonho é ter meu pai do meu lado, e conviver com ele. Vários anos que minha mãe não vê meu pai, nós sofremos pra caralho”, disse ele em uma postagem. “É por isso que eu marolo mesmo, compro ouro e carro mesmo, compro vários bagulhos”, disse ele uma vez ao falar sobre a sua vida de luxo.”

Oruam defende a liberdade de seu pai também nos palcos. No ano passado, o rapper se apresentou no Lollapalooza vestindo uma camiseta com o rosto do pai estampado, acompanhando da palavra “Liberdade” –que também é o nome do seu novo álbum, lançado nesta semana logo após o cantor ter sido preso por fazer um cavalo-de-pau em uma blitz policial na Barra da Tijuca.

O rosto de Marcinho VP também foi tatuado por Oruam, assim como o de Elias Maluco, morto em 2020, após ter sido condenado como mandante do assassinato do jornalista Tim Lopes. Oruam o chama de tio.

Por esses posicionamentos, Oruam recentemente virou projeto de lei, que vem sendo replicado em dezenas de casas legislativas Brasil afora. Chamados de “lei anti-Oruam”, os projetos propõem que seja proibido o uso de recursos públicos para a contratação de artistas que façam manifestações consideradas de apologia do crime e do uso de drogas em suas músicas ou apresentações.

Atualmente, foram apresentados projetos em pelo menos 12 capitais brasileiras, seis estados, além da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.