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O banco busca reduzir custos para manter o ROE acima de 15%, embora garanta que a rentabilidade será inferior à registrada em 2024. A recuperação do ROE deve vir em 2026. “Quem investe no BR Partners precisa pensar no longo prazo, porque se olhar apenas dois trimestres pode ficar descontente”, alerta Carmona.

Dividendos e payout

Mesmo com a queda em algumas receitas e um ROE mais contido, os dividendos do BR Partners devem seguir atrativos em 2025, embora menores que em 2024, quando o banco distribuiu R$ 211 milhões, acima do lucro líquido de R$ 193,7 milhões, resultando em um payout (parcela do lucro destinada a proventos) de quase 110%.

Carmona explica que o banco pagou dividendos extraordinários em 2024, usando reservas de lucro, devido ao excesso de capital e diante do receio de tributação futura dos dividendos. Para 2025, Carmona afirma que o payout deve ficar entre 70% e 75% do lucro, mantendo-se elevado, desde que não haja necessidade de recapitalização da empresa.

Dividendos extraordinários não estão previstos, mas podem ocorrer no fim do ano, se o caixa permitir. O banco também não pretende antecipar proventos novamente, pois agora considera improvável uma tributação de dividendos no curto prazo, dada a baixa popularidade do governo.

O BR Partners paga apenas dividendos, sem uso de juros sobre capital próprio, e pretende manter essa política. Com baixa valorização das ações, Carmona espera um dividend yield (retorno em dividendos) elevado para BRBI11 em 2025, dada a relação com o preço dos papéis.