As alegações estão em embargos à execução (ferramenta jurídica para se opor à cobrança) com pedido de efeito suspensivo apresentados na última segunda (24) pela defesa do Corinthians.
Sob o argumento de que não foi apresentada uma planilha de cálculo que “possibilite a compreensão sobre a origem e a evolução da dívida”, o Alvinegro pede a extinção do processo, precedida de efeito suspensivo.
Caso a execução não seja extinta, os advogados do Corinthians solicitam que seja reconhecido que estão sendo exigidos em excesso cerca de R$ 2,1 milhões. Assim, a dívida atualizada seria de R$ 22.463.675,67.
O valor a mais, segundo a alegação corintiana, é resultado de juros compostos (cobrança de juros sobre juros). Os defensores do Corinthians escreveram que tal procedimento “não é permitido no ordenamento jurídico brasileiro, exceção feita às instituições financeiras”.
A suspensão da ação de execução é pedida pelo Corinthians em obediência à liminar obtida pelo clube no final do ano passado no processo em que foi solicitado o RCE (Regime Centralizado de Execuções). Foi determinada a suspensão de todas as cobranças judiciais contra o clube. Isso pelo menos até a Justiça decidir se homologa o plano do Corinthians para pagar R$ 367 milhões em dívidas.
Em 21 de janeiro, o juiz Fábio Rogério Bojo Pellegrino havia determinado a citação do Alvinegro para pagar em três dias o montante cobrado pelo empréstimo.