O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é o principal interlocutor e porta-voz do movimento. Na ponte aérea entre Brasilia e Washington, apenas em 2025 ele já viajou ao menos três vezes aos EUA para, entre outras questões, tratar do assunto.
Para além de bolsonaristas e trumpistas, Moraes tem um adversário de peso e com forte influência sobre o presidente americano: o bilionário Elon Musk, dono do X e que protagonizou embates com o ministro no ano passado.
Como mostrou o UOL, as decisões de Moraes punindo a empresa por não suspender determinadas contas na rede social tinham como pano de fundo ataques e ameaças, inclusive de morte, contra investigadores que atuam nos processos que envolvem bolsonaristas.
Desde o segundo semestre de 2024, bolsonaristas e trumpistas coordenam medidas para pressionar a corte brasileira, com foco especial no ministro Moraes. A iniciativa escalou a partir da vitória de Trump, quando o tema do visto do ministro voltou à pauta.
Nesta quarta, um comitê do Congresso americano aprovou um projeto de lei que cria sanções contra o ministro. A proposta estabelece o veto de entrada no país a qualquer estrangeiro que viole a Primeira Emenda da Constituição dos EUA —justamente o argumento usado por aliados de Bolsonaro. A diplomacia americana mandou um recado público ao Brasil, e o governo brasileiro respondeu.
Outra frente contra Moraes foi aberta na semana passada no judiciário dos Estados Unidos quando uma empresa de mídia que pertence a Donald Trump e a plataforma de vídeos Rumble entraram com uma ação conjunta em um tribunal federal americano alegando censura por parte do ministro no Brasil.