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A meu ver, nada é mais incongruente que isso. É surreal pensar que ela, como acontece com todos os atores, não receberá nenhum valor: nem nos streamings, nem nas TVs abertas, nem nas fechadas, YouTube! É fundamental que os intérpretes recebam seus direitos para que toda a indústria se beneficie também economicamente. Além disso, é urgente a regulação atrasadíssima do VOD, que protege o nosso produto e nossos produtores e políticas que tragam a capacitação. É fundamental ouvir a demanda do mercado, mantendo a indústria que já existe.

Cao Hamburger, diretor de ‘O Ano que Meus Pais Saíram de Férias’, indicado pelo Brasil para representar o país como melhor filme internacional no Oscar de 2008

Cao Hamburger: "Agora acabou o estigma de vira-lata que persegue o cinema brasileiro"
Cao Hamburger: “Agora acabou o estigma de vira-lata que persegue o cinema brasileiro” Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Prêmios e festivais são importantes para o mercado cinematográfico do ponto de vista comercial e acaba influenciando também políticas públicas que estimulam a produção em todo o mundo. Na minha opinião, não há competição, não há melhor isso, ou melhor aquilo, tudo muito subjetivo, diferente do futebol ou outros esportes competitivos. Mas entrando no clima de cabeça, o Oscar pode ser comparado a Copa do Mundo de futebol. A vitória de “Ainda estou aqui” é comparável com o que aconteceu em 1958, quando o Brasil conquistou a primeira Copa do Mundo. Agora acabou o estigma de vira-lata que persegue o cinema brasileiro. E, assim como no futebol, vai abrir a porteira e seremos bi, tri, tetra, penta Oscar’s winners no futuro.

Lázaro Ramos, ator

Lázaro Ramos: "Podemos fazer muita bilheteria e ainda ter um filme que traga reflexões"
Lázaro Ramos: “Podemos fazer muita bilheteria e ainda ter um filme que traga reflexões” Imagem: Divulgação