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Para Tulipa, o luto ainda é um espaço em construção para entender o que fazer com a ausência do pai. “O cara mais legal da galera foi embora, e o que eu faço com isso? […] Esse lugar de passagem eu estou processando, porque é a partida de um cara que é muito companheiro, um cara muito legal”.

À apresentadora Maria Ribeiro, a cantora diz que Luiz Chagas compartilhava as influências musicais com os filhos, comprava discos e criava momentos únicos para que eles entendessem a intimidade que grandes compositores brasileiros têm com as palavras. Na estrada, tocou com Tulipa em diferentes partes do mundo.

Na ausência de uma presença que é insubstituível, a cantora se nutre de rituais para manter seu pai vivo no cotidiano. Em seu primeiro show após a morte do músico, na capital do Maranhão, Tulipa ficou fascinada pela cultura dos bois, que desfilam na época de São João, nascendo em junho e morrendo em julho, da mesma forma que a vida fez com Luiz Chagas.

O boi, para a cantora, virou um símbolo da imagem do pai falecido, que ela decidiu espalhar pela própria casa e entre pessoas próximas.

Se a gente não souber ritualizar as paradas, e ritualizar do nosso jeito, a mandinga que faz é você, é a sua intuição, sem isso eu ia estar totalmente disfuncional.Tulipa Ruiz

O Grammy que ganhei abriu portas pra muita gente

Tulipa Ruiz e Maria Ribeiro
Tulipa Ruiz e Maria Ribeiro Imagem: Reprodução/UOL