Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

O novo estudo mostra que a hemorragia foi responsável por 27% dessas mortes, enquanto a pré-eclâmpsia e outros distúrbios hipertensivos contribuíram com 16%.

A pré-eclâmpsia é condição grave caracterizada por pressão arterial elevada e pode levar a acidente vascular cerebral, hemorragia, convulsões e falência de órgãos caso não seja tratada de forma adequada. A causa do quadro ainda não é completamente compreendida, mas os pesquisadores sabem que há relação com alterações na formação dos vasos sanguíneos da placenta. Eles ficam mais estreitos, reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando a pressão arterial.

Geralmente, a pré-eclâmpsia se instala a partir da 20.ª semana de gestação e ocorre especialmente no 3.° trimestre. A pressão superior a 140 mmHg por 90 mmHg (14 por 9) é o principal indicador, mas não o único. Um aumento de 25% nos níveis de pressão pré-gravidez também é considerado um sinal.

Outras causas de morte

O estudo, primeira atualização global da OMS sobre o tema desde 2015, cita outros quadros frequentes nas estatísticas de óbito. São eles: sepse e infecções; embolia pulmonar; complicações de abortos espontâneos e induzidos – incluindo gravidez ectópica e abortos inseguros; e complicações anestésicas ou lesões ocorridas durante o parto.

O levantamento mostra ainda que outras condições de saúde, incluindo HIV/aids, malária, anemia e diabete, são responsáveis por quase 23% das mortes relacionadas ao período gestacional. Essas doenças, muitas vezes, só são tratadas quando surgem complicações graves, o que aumenta os riscos. O estudo foi feito a partir de dados nacionais enviados à OMS, além de pesquisas revisadas por pares. Algumas informações, no entanto, são limitadas. É o caso, por exemplo, de suicídio materno – só 12 países fazem o registro.