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O que Fonseca não fez tão bem foi encontrar um ponto de equilíbrio entre agredir mais que o rival e encontrar uma margem de segurança nos golpes do fundo de quadra. Em todo o jogo, foram 20 erros não forçados a mais do que winners (31 a 11). Entre todas essas falhas, três machucaram mais. O trio de cruzadas (duas de direita) anguladas para fora no 4/4, quando Fonseca teve 30/0. Os erros significaram a quebra que fez a diferença para Draper. Três pontos de graça quando Fonseca tinha a vantagem nos ralis. Tipo de sequência que custa caro contra tenistas da elite.

Draper, por outro lado, até aceitou passar mais tempo na defesa, mas não deu quase nada de graça. Na metade do segundo set, a transmissão mostrava que o britânico tinha 49% de steal, ou seja, venceu quase a metade dos pontos em que Fonseca esteve no ataque durante os ralis. Não é pouco.

A segunda parcial, aliás, teve a mesma dinâmica. Draper no papel do top 15 veterano (embora tenha só 23 e esteja em ascensão) inteligente e eficiente; João como o jovem impetuoso e errático de tantos inícios de filmes de esporte. Aquele que, lá pelo meio da história, encontra o equilíbrio e conquista algo grande no fim. Que seja assim com o carioca.

Mais coisas que eu acho que acho:

– Fonseca encaixou apenas 52% de primeiros serviços. Muito pouco para derrotar alguém deste nível. Quando o saque não entra, aumenta a pressão para vencer ralis do fundo de quadra. Consequentemente, diminui a margem para dar pontos de graça ao exagerar na dose.