Informações na mesma linha
Telefone: (21) 97026-3221
Endereço: Rua Viçosa do Ceara, 157, Paciência, Rio de Janeiro - RJ

No dia seguinte, uma bela segunda-feira de ressaca (não necessariamente da festança, mas, sim, da maratona) e de Carnaval no Brasil, Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello conversaram, em uma entrevista de imprensa, mediada por esta colunista, com a imprensa brasileira e latino-americana.

Foi bonito de ver a união da imprensa da América Latina e de seus conterrâneos se uniram para torcer e celebrar o feito de ver na tela uma latinidade fora dos clichês, vista com nossos próprios olhos e nada estereotipada.

Foi uma jornada longa e exaustiva para quem acompanhou a campanha desde antes de Veneza, na expectativa de que o filme fosse finalizado, estreasse em Cannes, fosse confirmado em Veneza e, assim, ganhasse o mundo.

A sensação ao final da segunda e desta caminhada é a de testemunhar um momento histórico. Não somente pelo feito em si, mas principalmente por ver como a nação se uniu em um grito de celebração, como na Copa, por um filme. Um longa, que fez com que o Carnaval não parasse, mas, sim, incorporado como uma festa da cultura.

Mais que o Oscar, é histórico e emocionante ver despontarem em todas as esquinas do país o grito preso na garganta diante do anúncio de Penélope Cruz. Não por um prêmio, mas por um grito tão poderoso vir em celebração ao cinema, à cultura e à memória de um país que não pode nunca mais esquecer seu passado para construir seu futuro, seja ele como cidadãos, seja nas telas.

Bastidores da coletiva de imprensa de "Ainda Estou Aqui" no dia seguinte ao Oscar, em Los Angeles, 2025
Bastidores da coletiva de imprensa de “Ainda Estou Aqui” no dia seguinte ao Oscar, em Los Angeles, 2025 Imagem: Matheus Boeck/ Divulgação