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Principal feira do agronegócio brasileiro, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), não terá neste ano a tradicional movimentação aérea de helicópteros transportando empresários e produtores rurais do aeroporto e de helipontos na cidade para a fazenda em que o evento acontece.

A decisão da feira, que chegará à 30ª edição, será realizada entre os dias 28 de abril e 2 de maio, foi tomada após um acidente envolvendo um helicóptero no ano passado terminar com uma pessoa morta e uma ferida.

A feira prevê reunir 195 mil pessoas em cinco dias. Em 2024 movimentou R$ 13,6 bilhões em intenções de negócios (R$ 14,28 bilhões, corrigidos pela inflação),

A homologação que existia na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foi retirada pela organização da feira, o que significa que não há mais autorização para pousos e decolagens de helicópteros e também aviões que ficavam expostos aos produtores rurais, segundo Liliane Bortoluci, diretora da Informa Markets, empresa organizadora do evento.

Com isso, quem quiser se deslocar para a Agrishow com aeronaves terá de utilizar o aeródromo Santa Lydia, distante sete quilômetros da feira, nas proximidades de Dumont, município da região metropolitana de Ribeirão Preto.

“Nós tiramos o helicóptero da feira […] porque era muito próximo realmente dos eventos. Obviamente nós trabalhávamos dentro das regras da Anac, tudo direitinho, a pista homologada, a gente sempre trabalhou dentro da legislação, mas os estandes são temporários. Então realmente é uma situação que, infelizmente, deu esse problema todo no ano passado e nós tiramos agora este ano, então nós não temos mais a pista de pouso, não haverá pouso na Agrishow”, disse.

A movimentação de helicópteros no entorno da Agrishow é constante nos cinco dias de feira. Não há um levantamento oficial do que significa economicamente a presença deles, mas ao término da edição de 2023 o presidente de honra do evento, Maurilio Biagi Filho, afirmou que a movimentação econômica gerada só em relação ao uso de helicópteros foi de cerca de R$ 1 bilhão (R$ 1,07 bilhão, atualizado).

A decisão atinge também, conforme a executiva, os aviões expostos na feira para atender principalmente grandes fazendeiros do Centro-Oeste, com modelos que custavam de US$ 990 mil (R$ 5,7 milhões) a US$ 9,25 milhões (R$ 53,5 milhões), sem impostos, em 2024.

As empresas que atuam no setor têm nas feiras um dos principais meios de aproximação com o agro, responsável por boa parte das vendas do ano. Além de modelos estáticos na feira, elas costumam ter jatos e helicópteros expostos no aeroporto de Ribeirão.

“Como uma coisa está ligada a outra, os aviões também não terão pista de pouso, então a gente não vai ter os aviões expostos, mas teremos as marcas dos aviões dentro da feira que vão com protótipos e com material reduzido, tamanho reduzido, escala reduzida.”

A transferência para o aeródromo levou em conta a melhor estrutura do local e a segurança para as operações. A Agrishow terá entre seus expositores três empresas que trabalham com aviação.

INCIDENTES

Em 2 de maio do ano passado, penúltimo dia da 29ª edição da feira agrícola, um acidente envolvendo um helicóptero particular e uma das tendas montadas no local deixou um morto e um ferido.

Márcio Sabino Silva, 27, era trabalhador terceirizado da feira, estava embaixo da estrutura que caiu e morreu após quatro dias internado. A suspeita foi de que a tenda tenha desabado devido à força do vento provocada pelas pás do helicóptero. A outra vítima sofreu uma fratura no tornozelo.

Esse foi o único incidente registrado dentro da fazenda que abriga a Agrishow, mas em 2023 um helicóptero que ia para a feira caiu em 3 de maio em São Carlos (a 232 km de SP) e duas pessoas morreram.

Logo após o acidente do ano passado, a feira suspendeu temporariamente –agora, de forma definitiva– as operações de aeronaves no local.

PROCURA POR INGRESSOS

A Agrishow vai funcionar das 8h às 18h de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto, com 800 marcas expostas.

A procura por ingressos antecipados está 12% acima do registrado no ano passado, segundo a organização. Eles custam R$ 80 (segundo lote) e o visitante, desde a edição do ano passado, tem de escolher o dia que visitará o evento. O objetivo é evitar superlotação da feira.

A data mais procurada é 1º de maio, em virtude do feriado. Na bilheteria, caso haja disponibilidade, os ingressos serão vendidos por R$ 140.

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