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Para combater essa percepção, a estratégia tem sido entregar resultados sustentáveis, crescentes e cumprir as metas de guidance (projeções) há dois anos. Segundo o CFO, o BB tem mostrado e falado constantemente: “O Banco do Brasil continua cumprindo o seu papel, atendendo os clientes, buscando eficiência e entregando valor aos acionistas, independentemente de quem está no governo”, afirma.

Ainda assim, convencer os investidores tem sido um desafio. Ele lembra que, em 2020, boatos sobre a privatização impulsionaram a ação, mas a posse de Lula gerou temores de interferência política, pressionando novamente os papéis.

Embora a CEO do BB, Tarciana Medeiros, tenha sido indicada pelo governo, Tobias ressalta que 50% dos acionistas do banco são privados e a gestão busca equilibrar interesses e gerar valor para todos. “Há dois anos estamos entregando o que prometemos”, enfatiza.

No entanto, muitos analistas ainda enxergam o banco como sujeito às decisões do governo. “Mostramos nossa governança e a presença de representantes dos minoritários no Conselho, mas isso não basta para eliminar o preconceito”, desabafa. “Veja o que estamos executando, parece uma política pública de governo ou uma política empresarial?”, questiona.

O CFO lembrou ainda que toda vez que o BB oferece algum subsídio em uma taxa de crédito, por exemplo, no agronegócio, o governo precisa remunerar o banco. “Ele cobre o subsídio e ainda garante minha rentabilidade”, justifica.

Tobias cita ainda o concorrente Itaú, que também atua no agro, mas tem uma dinâmica diferente, porque não é “obrigado a financiar o Plano Safra”, pode escolher clientes e “emprestar para ricos”. “É por isso que eu falo, venha cumprir o meu papel, andar com as minhas sandálias, quero ver se dá conta de entregar esse valor e resultado que o BB está entregando”, defende.